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Papas sobre Nossa Senhora como Co-Redentora e Medianeira – Parte III

'Ninguém vai a Cristo senão por sua Mãe'

Retornamos ao Papa Leão XIII, que, em sua Encíclica Octobri mense, sobre o Rosário, deixa muito claro o ensinamento da Igreja sobre o papel de Nossa Senhora como medianeira entre Deus e o homem: "Ela é a intermediária por meio da qual este imenso tesouro de misericórdias reunido por Deus nos é distribuído." Leão XIII também afirma com confiança que este ensinamento foi "acolhido com a maior alegria" pelos Santos Apóstolos, pelos primeiros fiéis e pelos veneráveis Padres da Igreja. Ele adverte contra os católicos que "ousam acusar de excesso a devoção a Maria," pois de Maria todas as graças vêm à humanidade ferida pelo pecado. No entanto, essa acusação de excesso é exatamente o que faz o novo documento aprovado por Leão XIV.


Papa Leão XIII


Mas, depois que, por virtude do mistério da Cruz, foi realizar a salvação do gênero humano, e depois que, com o triunfo de Cristo, a Igreja foi plenamente constituída dispensadora da sua salvação, desde então a Providência preparou e estabeleceu para este novo povo uma ordem nova. As disposições da divina Sabedoria devem ser olhadas com profunda veneração.

O Filho eterno de Deus, querendo assumir a natureza humana para redimi-la e nobilitá-la, e portanto para contrair um místico consórcio com o gênero humano, não deu cumprimento a este seu desígnio senão depois de obter o livre consentimento daquela que fora designada para sua Mãe, e que, em certo sentido, representava todo o gênero humano; segundo a célebre e veracíssima sentença do Aquinate: "Por meio da Anunciação aguardava-se o consentimento da Virgem, em nome e em representação de toda a natureza humana.

Por consequência, pode-se com toda verdade e rigor afirmar que, por divina disposição, nada nos pode ser comunicado, do imenso tesouro da graça de Cristo - sabe-se que "a glória e a verdade vieram de Jesus Cristo, (6) senão por meio de Maria. De modo que, assim como ninguém pode achegar-se ao Pai Supremo senão por meio do Filho, assim também, ordinariamente, ninguém pode achegar-se a Cristo senão por meio de sua Mãe. Quanta sabedoria e misericórdia resplandece nesta disposição da Divina Providência! Que compreensão da debilidade e fragilidade humana!

De fato, nós cremos na infinita bondade de Cristo, e por ela lhe rendemos louvor; mas também cremos na sua infinita justiça, e desta temos temor. Sentimos uma profunda gratidão pelo amor do Salvador, que por nós deu generosamente o seu Sangue e a sua vida; mas, ao mesmo tempo, tememo-lo no seu caráter de juiz inexorável. Apreensivos pela consciência dos nossos pecados, precisamos, por isto, de um intercessor e de um patrono que, de um lado, goze em alto grau do favor divino, e, de outro, seja de ânimo tão benévolo que a ninguém recuse o seu patrocínio, nem mesmo aos mais desesperados, e ao mesmo tempo infunda confiança na divina clemência àqueles que, abatidos, jazem no desconforto. Pois bem: essa eminentíssima criatura é justamente Maria: certamente Ela é poderosa, porque é Mãe de Deus onipotente.

Porém, o que é mais consolador é amorosa, de uma extrema benevolência, de uma indulgência sem limites. Tal no-la deu o próprio Deus, que, havendo-a escolhido para Mãe de seu Unigênito, infundiu-lhe, por isso mesmo, sentimentos requintadamente maternos, capazes somente de bondade e de perdão. Tal no-la mostrou Jesus, quer quando consentiu em ser sujeito e obedecer a Maria, como um filho a sua mãe, quer quando, do alto da Cruz, confiou às suas amorosas solicitudes todo o gênero humano, na pessoa do discípulo João. Tal, enfim, se mostrou ela mesma quando, acolhendo generosamente a pesada herança que lhe deixava seu Filho moribundo, desde aquele momento começou a cumprir, para com todos, os seus deveres de Mãe.

Este plano de terna misericórdia executado por Deus em Maria e ratificado por Cristo com a sua última vontade, foi desde o início compreendido com imensa alegria pelos santos Apóstolos e pelos primeiros fiéis; foi compreendido e ensinado pelos venerandos Padres da Igreja; foi concordemente compreendido, em todos os tempos, pelo povo cristão. E mesmo quando a tradição e a literatura se calassem, esta verdade seria igualmente atestada com grandíssima eloquência pela voz que irrompe do coração de cada cristão.

Sem uma fé divina não se explicaria o imperioso impulso que nos impele e docemente nos arrasta para Maria; o vivo desejo, ou, melhor, a necessidade que sentimos de procurar refúgio na proteção e no auxílio daquela a quem podemos confiar plenamente os nossos projetos e as nossas ações, a nossa inocência e o nosso pensamento, os nossos tormentos e as nossas alegrias, as nossas preces e os nossos votos, em suma todas as nossas coisas.

A doce esperança e a confiança, por nós nutridas, de que aquilo que seria menos aceito a Deus, porque apresentado por nós, indignos pecadores, poderá tornar-se-lhe agradabilíssimo se o confiarmos a sua Mãe Santíssima, Quanto mais a alma se alegra com a verdade e suavidade destes pensamentos, outro tanto se entristece por causa daqueles que, privados da fé divina, não honram Maria: antes, não a consideram nem mesmo como Mãe. E ainda mais se contrista o Nosso coração por causa daqueles que, embora participantes da santa fé, ousam acusar os bons de excessivo e exagerado culto para com Maria, ofendendo com isto grandemente a piedade filial.

Encíclica Octobri Mense, §§ 4-5

Postado em 29 de novembro de 2025


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