Virtudes Católicas
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Santa Ana, Mãe da Gloriosa Virgem Maria - I
A eficácia no Céu da boa Santa Ana
“É certo que a alma de Maria foi a mais bela que Deus já havia criado; mais ainda, depois da obra da Encarnação do Verbo Eterno, esta foi a maior e mais digna de Si mesmo que um Deus onipotente já fez no mundo.”
Estas são as palavras do fundador redentorista Santo Afonso de Ligório, famoso por sua forte devoção a Nossa Senhora. Ele observa que Maria estava na mente de Deus por toda a eternidade, e “a razão pela qual Deus não destruiu a raça humana após o primeiro pecado foi Seu amor singular por esta santa Virgem, que eventualmente nasceria da raça.”
Dado o papel único de Nossa Senhora na história da salvação, seria compreensível que Deus a criasse diretamente, como fez com nossos primeiros pais. No entanto, porque Ele escolheu se encarnar por meio da cooperação de Sua Mãe, era mais adequado para Nossa Senhora, que imitava seu Filho em tudo, também ter uma mãe.
Quem é esta mãe da Mãe de Deus? Mesmo que nada mais fosse conhecido sobre ela, o fato de Deus ter confiado a ela Maria, a Arca da Aliança, diz muito.
Seu nome, Ana, também revela muito sobre seu caráter. São João Damasceno escreveu que "S. Ana é uma mãe generosa, uma mãe compassiva, uma mãe graciosa, porque a palavra "Ana" significa ‘generosa, misericordiosa, graciosa.’”
Exceto por Jesus Cristo, é difícil imaginar alguém mais intimamente unido a Nossa Senhora do que Santa Ana. Por esta razão, não devemos hesitar em recorrer a ela. De fato, temos boas razões para esperar que ela nos ensine sobre sua Filha e ajude a pavimentar o caminho para o Reino de Maria. Enquanto ainda estava na Terra, ela entendeu que o papel de sua Filha não era brilhar diante do mundo. Agora, ela se alegra no Céu, sabendo que o esplendor de Nossa Senhora logo será dado a conhecer à humanidade.
“A Jesus por Maria,” como pregou São Luís de Montfort em A Verdadeira Devoção a Maria. “É pela Santíssima Virgem Maria que Jesus veio ao mundo, e é também por ela que Ele tem que reinar no mundo.” Estas são as primeiras palavras da Introdução de sua obra marcante. Durante a era gloriosa que está por vir, os homens virão a Cristo para dar-Lhe a devida glória por meio de Sua Mãe.
Referindo-se a Santa Ana, mãe da Mãe de Deus, o Papa Gregório XV afirmou: “Quanto mais amor demonstramos à mãe de Maria, mais merecemos a intercessão e a ajuda da Santíssima Virgem que deu à luz o Filho unigênito de Deus.” É impossível imaginar quão eficaz deve ser sua intercessão no Céu.
O objetivo desta série, portanto, é inspirar maior devoção a Santa Ana.
Uma breve história
A tradição fornece apenas um esboço aproximado da vida de Santa Ana. Sabemos que ela descendia de uma nobre família judia e se casou com São Joaquim quando ainda era jovem. Eles levavam vidas virtuosas e eram conhecidos por sua generosidade. Apesar disso, eles permaneceram sem filhos por muitos anos, o que certamente foi uma grande provação. Muitas pessoas, incluindo sacerdotes do Templo, acreditavam que o santo casal estava sendo punido por Deus por infidelidade.
Sem se deixar abater, os humildes Santos Ana e Joaquim continuaram a rezar por uma criança, prometendo dedicar essa criança ao Seu serviço. Isso moveu Nosso Senhor a recompensar sua paciência e generosidade, atendendo seu pedido de uma forma mais maravilhosa do que eles poderiam ter imaginado.
Depois que a Mãe de Deus nasceu, o casal viveu com ela em sua casa por três anos antes de levá-la ao Templo de Jerusalém. São Joaquim morreu logo depois, e não se sabe como Santa Ana passou seus últimos dias. Alguns sugeriram que ela se casou novamente e teve outros filhos, o que parece improvável, já que ela estava ciente do grande presente que Deus lhe dera em sua filha Maria. Outros propuseram que ela viveu uma vida solitária e penitencial por vários anos antes de encomendar sua alma a Deus.
O Volume I de A Mística Cidade de Deus fornece uma visão adicional sobre Santa Ana. A Ven. Maria de Ágreda chama, ela e São Joaquim, de “dois luminares brilhantes enviados para anunciar a aurora que se aproxima do Sol da Justiça, Cristo, nossa Salvação” (n. 166).
Ela escreve que Santa Ana era “uma donzela muito casta, humilde e bela” que, desde a infância, “levou uma vida muito virtuosa, santa e retirada.” Ela foi abençoada com uma compreensão profunda das Escrituras e sempre orou pela vinda do Messias (n. 167).
Assim como fez para Nossa Senhora, São Gabriel apareceu a Santa Ana várias vezes ao longo de sua vida. Primeiro, ele veio para informá-la de seu casamento com São Joaquim (n.168).
Vinte anos depois, ele retornou a Santa Ana, desta vez para dar-lhe a boa notícia de que ela conceberia Nossa Senhora. Ele lhe disse que esta criança privilegiada, que receberia o nome de Maria, se tornaria a Mãe de Deus.
Isso significava que Santa Ana foi a primeira pessoa a aprender esta verdade gloriosa, muito antes de seu esposo. A longa espera dos Patriarcas e Profetas logo terminaria. O Messias chegaria, pois, a Mãe de Deus logo nasceria, o fruto fecundo do ventre longamente estéril de Santa Ana. Este grande segredo Santa Ana guardou em seu coração e não contou a ninguém. Mas que alegria e consolo deve ter sido para ela saber que sua filha seria a Mãe de Deus.
Depois de conceber e dar à luz Nossa Senhora, Santa Ana cresceu em santidade para que pudesse criar sua Filha adequadamente. Ela amava Nossa Senhora com um amor natural e sobrenatural, “abraçando-a e acariciando-a da mesma forma que outras mães fazem com suas filhas, mas sempre com uma reverência adequada” (n. 325).
Santa Ana morreu uma morte santa e teve o privilégio de estar com sua Filha durante seus últimos momentos. Nossa Senhora rezou: “Dispensa, ó Senhor, em paz tua serva [minha mãe Ana], que com fé e confiança invencíveis desejou cumprir teu divino prazer” (n. 718). Como essas palavras vêm da própria Rainha do Céu, elas dizem muito sobre a grande santidade de Santa Ana.
Nossa Senhora amou Santa Ana enquanto ela estava na Terra e é certo que agora, no Céu, ela tem um amor ainda maior por sua santa mãe. Obediente à sua mãe na terra, a Virgem Maria responde igualmente com pressa aos pedidos de sua mãe no Céu.
Que melhor maneira de honrar Nossa Senhora do que honrar Santa Ana?
Continua
Milagrosamente, Santa Ana concebe e nutre a Mãe de Deus
Dado o papel único de Nossa Senhora na história da salvação, seria compreensível que Deus a criasse diretamente, como fez com nossos primeiros pais. No entanto, porque Ele escolheu se encarnar por meio da cooperação de Sua Mãe, era mais adequado para Nossa Senhora, que imitava seu Filho em tudo, também ter uma mãe.
Quem é esta mãe da Mãe de Deus? Mesmo que nada mais fosse conhecido sobre ela, o fato de Deus ter confiado a ela Maria, a Arca da Aliança, diz muito.
Seu nome, Ana, também revela muito sobre seu caráter. São João Damasceno escreveu que "S. Ana é uma mãe generosa, uma mãe compassiva, uma mãe graciosa, porque a palavra "Ana" significa ‘generosa, misericordiosa, graciosa.’”
Exceto por Jesus Cristo, é difícil imaginar alguém mais intimamente unido a Nossa Senhora do que Santa Ana. Por esta razão, não devemos hesitar em recorrer a ela. De fato, temos boas razões para esperar que ela nos ensine sobre sua Filha e ajude a pavimentar o caminho para o Reino de Maria. Enquanto ainda estava na Terra, ela entendeu que o papel de sua Filha não era brilhar diante do mundo. Agora, ela se alegra no Céu, sabendo que o esplendor de Nossa Senhora logo será dado a conhecer à humanidade.
Uma encantadora estátua holandesa de Santa Ana,
da Virgem Maria e do Menino Jesus
Referindo-se a Santa Ana, mãe da Mãe de Deus, o Papa Gregório XV afirmou: “Quanto mais amor demonstramos à mãe de Maria, mais merecemos a intercessão e a ajuda da Santíssima Virgem que deu à luz o Filho unigênito de Deus.” É impossível imaginar quão eficaz deve ser sua intercessão no Céu.
O objetivo desta série, portanto, é inspirar maior devoção a Santa Ana.
Uma breve história
A tradição fornece apenas um esboço aproximado da vida de Santa Ana. Sabemos que ela descendia de uma nobre família judia e se casou com São Joaquim quando ainda era jovem. Eles levavam vidas virtuosas e eram conhecidos por sua generosidade. Apesar disso, eles permaneceram sem filhos por muitos anos, o que certamente foi uma grande provação. Muitas pessoas, incluindo sacerdotes do Templo, acreditavam que o santo casal estava sendo punido por Deus por infidelidade.
Santa Ana instruiu sua filha até os 3 anos de idade, quando ela foi ao templo
Depois que a Mãe de Deus nasceu, o casal viveu com ela em sua casa por três anos antes de levá-la ao Templo de Jerusalém. São Joaquim morreu logo depois, e não se sabe como Santa Ana passou seus últimos dias. Alguns sugeriram que ela se casou novamente e teve outros filhos, o que parece improvável, já que ela estava ciente do grande presente que Deus lhe dera em sua filha Maria. Outros propuseram que ela viveu uma vida solitária e penitencial por vários anos antes de encomendar sua alma a Deus.
O Volume I de A Mística Cidade de Deus fornece uma visão adicional sobre Santa Ana. A Ven. Maria de Ágreda chama, ela e São Joaquim, de “dois luminares brilhantes enviados para anunciar a aurora que se aproxima do Sol da Justiça, Cristo, nossa Salvação” (n. 166).
Ela escreve que Santa Ana era “uma donzela muito casta, humilde e bela” que, desde a infância, “levou uma vida muito virtuosa, santa e retirada.” Ela foi abençoada com uma compreensão profunda das Escrituras e sempre orou pela vinda do Messias (n. 167).
Assim como fez para Nossa Senhora, São Gabriel apareceu a Santa Ana várias vezes ao longo de sua vida. Primeiro, ele veio para informá-la de seu casamento com São Joaquim (n.168).
Vinte anos depois, ele retornou a Santa Ana, desta vez para dar-lhe a boa notícia de que ela conceberia Nossa Senhora. Ele lhe disse que esta criança privilegiada, que receberia o nome de Maria, se tornaria a Mãe de Deus.
Isso significava que Santa Ana foi a primeira pessoa a aprender esta verdade gloriosa, muito antes de seu esposo. A longa espera dos Patriarcas e Profetas logo terminaria. O Messias chegaria, pois, a Mãe de Deus logo nasceria, o fruto fecundo do ventre longamente estéril de Santa Ana. Este grande segredo Santa Ana guardou em seu coração e não contou a ninguém. Mas que alegria e consolo deve ter sido para ela saber que sua filha seria a Mãe de Deus.
Depois de conceber e dar à luz Nossa Senhora, Santa Ana cresceu em santidade para que pudesse criar sua Filha adequadamente. Ela amava Nossa Senhora com um amor natural e sobrenatural, “abraçando-a e acariciando-a da mesma forma que outras mães fazem com suas filhas, mas sempre com uma reverência adequada” (n. 325).
Santa Ana morreu uma morte santa e teve o privilégio de estar com sua Filha durante seus últimos momentos. Nossa Senhora rezou: “Dispensa, ó Senhor, em paz tua serva [minha mãe Ana], que com fé e confiança invencíveis desejou cumprir teu divino prazer” (n. 718). Como essas palavras vêm da própria Rainha do Céu, elas dizem muito sobre a grande santidade de Santa Ana.
Nossa Senhora amou Santa Ana enquanto ela estava na Terra e é certo que agora, no Céu, ela tem um amor ainda maior por sua santa mãe. Obediente à sua mãe na terra, a Virgem Maria responde igualmente com pressa aos pedidos de sua mãe no Céu.
Que melhor maneira de honrar Nossa Senhora do que honrar Santa Ana?
- Fontes:
- Livreto, Good St. Anne (TAN Books)
- Santo Afonso de Ligório, As Glórias de Maria
- Mística Cidade de Deus, Volume 1 (Concepção)
Postado em 26 de julho de 2024
