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'A caminho do restabelecimento da plena comunhão...'
Em 19 de maio de 2025, Leão XIV recebeu no Sala Clementina 161 representantes de diferentes religiões, acima, que haviam viajado ao Vaticano para sua missa de posse no dia anterior. Até onde sabemos, foi o maior encontro com falsas religiões já realizado no Vaticano.Oferecemos aos nossos leitores alguns trechos do discurso do Papa, extraídos do L'Osservatore Romano (19 de maio de 2025, p. 6).
Palavras aos cismáticos e hereges: "Como Bispo de Roma, Considero ser um dos meus deveres prioritários procurar o restabelecimento da comunhão plena e visível entre todos aqueles que professam a mesma fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo. ...
"Consciente, além disso, de que a sinodalidade e o ecumenismo estão intimamente ligados, desejo assegurar-vos a minha intenção de continuar o compromisso do Papa Francisco de promover o carácter sinodal da Igreja Católica e de desenvolver novas e concretas formas para uma sinodalidade cada vez mais intensa no campo ecumênico."
Aos representantes de outras religiões: "Agora é o momento do diálogo e construção de pontes”. Por essa razão, expressou o seu agradecimento pela presença em Roma, nestes dias, de representantes de outras tradições religiosas que “partilham a busca de Deus e da sua vontade, que é sempre e simplesmente a vontade de amor e de vida para os homens e as mulheres e todas as criaturas."
Aos judeus: "Nesta linha, saudou de forma especial os "irmãos e irmãs judeus e muçulmanos." Quanto aos primeiros, aludiu às “raízes judaicas do cristianismo” e à "grandeza do património espiritual partilhado por cristãos e judeus," dizendo “tomar muito a peito o diálogo entre as duas partes, "mesmo nestes tempos difíceis, marcados por conflitos e incompreensões."
Aos muçulmanos: "As relações entre a Igreja Católica e os muçulmanos têm sido marcadas por um crescente empenho no diálogo e na fraternidade, fomentado pela estima por estes irmãos e irmãs, pois “adoram eles o Deus Único, vivo e subsistente, misericordioso e omnipotente, criador do céu e da terra, que falou aos homens.' (Documento de Abu Dhabi, 3)"
Aos pagãos: "A todos vocês, representantes de outras tradições religiosas, expresso minha gratidão por sua participação neste encontro e por sua contribuição para a paz. ... Estou convencido de que, se estivermos de acordo e livres de condicionamentos ideológicos e políticos, poderemos ser eficazes em dizer ‘não’ à guerra e ‘sim’ à paz, ‘não’ à corrida aos armamentos e ‘sim’ ao desarmamento, ‘não’ a uma economia que empobrece os povos e a Terra e ‘sim’ ao desenvolvimento integral."
Estas palavras de Leão XIV demonstram que, longe de ser um conservador, ele é antes um discípulo radical de Francisco e dos Papas conciliares anteriores.
Foto do L'Osservatore Romano